quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ômega-3 na gestação

                          
Sabemos que a nutrição é essencial para garantir uma gravidez saudável para a mãe e para o bebê. O ácido fólico, por exemplo, é uma vitamina cuja suplementação é indicada a todas as gestantes, muitas vezes quando ainda se planeja engravidar, para evitar más formações no tubo neural do feto. Outro nutriente que também está  sendo muito falado quando o assunto é a saúde do bebê é o ômega-3.

Para entendermos melhor, o  ômega-3 é um ácido graxo, ou seja uma espécie de gordura insaturada e são conhecidos por serem componentes fundamentais da membrana externa das células cerebrais. É através dessa membrana que todos os sinais nervosos fluem. Então a presença de ômega-3 cria um ambiente ideal para a troca rápida de "mensagens" entre as células do nosso cérebro. 
Se o cérebro para de receber ômega-3, ele procura se adaptar a essa
 deficiência. Como consequência ele fica "preguiçoso" e as respostas passam a ser mais lentas. Quando esse comportamento é repetido diariamente, o cérebro passa a encarar esse novo estado como sendo o seu novo padrão normal de funcionamento. 
Dentre as classe de ômega 3 destacam-se o EPA e DHA que são dois tipos de ômega 3 encontrados principalmente nas gorduras dos peixes de mar de água profunda e fria como o atum, salmão, arenque e bacalhau. Desses, o DHA é o que possui efeito antioxidante mais potente e protetor das células cerebrais. O DHA é parte integrante da bainha de mielina que reveste os nervos e protege o cérebro contra os danos do estresse oxidativo causado pelos radicais livres.
No início do ano foi divulgado na publicação científica The American Journal of Clinical Nutrition uma pesquisa realizada no Centro Médico da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, que revelou que o ácido graxo ômega-3  pode ajudar mulheres a terem bebês mais fortes e a reduzir a incidência de partos prematuros.
Para chegarem a essa conclusão, os cientistas estudaram 300 futuras mamães, escolhidas aleatoriamente. Metade delas foi suplementada durante o final da gravidez com 600 mg diárias de DHA. Já as outras receberam um placebo para fazerem parte do grupo de controle. Durante as observações, verificou-se que as gestações do grupo suplementado foram mais longas, acima de 34 semanas, resultando em uma menor incidência de partos prematuros. Os recém-nascidos das mamães que receberam a suplementação também nasceram mais fortes, com peso maior, quando comparados aos bebês das mães que receberam o placebo.                                               
A autora do estudo, Susan E. Carlson, professora de nutrição da Universidade de Kansas, disse que a incidência de recém-nascidos com baixo peso e as gestações com 34 semanas (ou menos) no grupo que tomou placebo é muito semelhante às taxas da população em geral, enquanto o grupo que tomou DHA teve reduções muito significativas nesses riscos. Vale destacar que a pesquisa revelou que não houve efeitos adversos no consumo dos suplementos.
Apesar de ser necessário um estudo mais abrangente, a pesquisadora afirmou que as mulheres devem conversar com o seu médico / nutricionista sobre a possibilidade de adotar o consumo de suplementos de DHA durante a gravidez.

                               
Atente-se: o ômega-3 é apenas um complemento alimentar que deve ser associado a uma alimentação equilibrada e saudável.






Referências:

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